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O Corpo Grávido e a Sexualidade

29/11/2011

O Corpo Grávido e a Sexualidade

O corpo humano, em geral, sofre as influências das representações sociais baseadas em crenças de antepassados ou herdadas pelo pensamento religioso.

Sempre marcado pelo ideal de beleza socialmente aceito, o corpo deve obedecer a determinados padrões que acompanham cada cultura sofrendo, também, a influência de outras culturas, se considerarmos o atual mundo globalizando em que vivemos.

Porém, observamos que o corpo feminino é aquele que, através dos tempos, mais sofreu perseguições, interdições e até a exigência de ter que se adequar a um padrão estético vigente.

Do cinto de castidade da era vitoriana até a revolução sexual, um longo caminho teve que ser percorrido para que a mulher pudesse ter acesso às informações, daquilo que experimentava, muitas vezes às cegas, no seu espaço privado: sua própria sexualidade.

Desejo, prazer e orgasmo foram desvendados lentamente até virarem destaques em capas de revistas femininas, substituindo a velha fórmula de moça prendada para casar do Jornal das Moças, para a fêmea erótica da Revista Nova. Mas a sexualidade da mulher grávida ainda se prende aos liames do passado. Afinal, a maternidade é considerada como algo sagrado e a figura materna, associada à mulher santa, que ama incondicionalmente e, pelo filho, tudo suporta, pode relegar a sexualidade a um segundo plano.

Em várias civilizações antigas, a gravidez era um estado ritual e uma celebração à fertilidade.

Na Grécia Antiga, a casa da mulher grávida era considerada um santuário.

Em Roma, enfeitavam-se as casas das mulheres grávidas com grinaldas ou folhas de louro, para afastar as visitas indesejáveis.  Mas o que é imutável é a preocupação com a estética: um corpo, outrora bonito e sedutor, vai se transformando lentamente e, na concepção de alguns, homens e mulheres, ?deformando-se? gradativamente, em prol de um novo ser que passa a ser o centro das atenções.

As alterações hormonais que ocorrem na gravidez influenciam a sexualidade, com períodos de aumento ou diminuição da libido. As alterações no corpo, como o escurecimento dos mamilos, o inchaço nas pernas, o aumento da barriga que limita a prática de posições sexuais e, após o nascimento do bebê, o desconforto dos pontos e o ressecamento vaginal podem inibir o exercício da sexualidade.

Alguns homens sentem imensa dificuldade em ter relações com suas parceiras, durante o período gestacional. A crença de que gravidez e sexualidade são incompatíveis, pode gerar um afastamento entre o casal e prejudicar a troca afetivo-sexual em um momento crucial para a gestante, reforçando a crença de que, estando grávida, não é está apta a exercer sua sexualidade ou, ainda, não ser sexualmente desejada por estar nessa condição.

É muito importante a compreensão do parceiro nesse período e, também, após o nascimento do bebê, que requer muitos cuidados exigindo muita atenção e tempo para a amamentação.

A divisão de tarefas e a afirmação do homem como um pai presente e disposto ao novo aprendizado, certamente trarão mais segurança à mulher, elevando sua autoestima e tornando mais leve a responsabilidade do novo papel.

A sexualidade, em seu sentido mais amplo, deve proporcionar ao casal a experiência erótica com mais leveza, sem a obrigatoriedade da penetração ou uma variedade de posições ou práticas sexuais.

         A massagem sensual, por exemplo, poderá trazer benefícios para ambos, desde que o toque seja suave e prazeroso. Os óleos de massagem, além de facilitar as manobras, são excelentes para relaxar as pernas e pés da gestante.

Cada casal deverá buscar a melhor forma de expressar a sexualidade nesse período. Durante a gestação ou quando o bebê já está no espaço doméstico, a sexualidade deve ser preservada, reconhecendo o desejo sexual como forma de realização plena.

Patrícia Cardoso é Sexóloga, educadora e é professora e coordenadora dos cursos de Extensão Universitária da UGF.

Artigo publicado na Revista Digital Impulso, volume 2, p. 09-11.

Link.:  http://www.revistaimpulso.com.br/revista.asp

Blog: //aflordapelesexologia.blogspot.com

E-mail: patriciacardososexologa@gmail.com




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