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Uso racional de medicamentos no tratamento da hipertensão arterial

30/07/2012

Efeitos da orientação farmacêutica sobre a promoção do uso racional de medicamentos no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS).

Por: Prof. Daniel de Carvalho Bazoli

É de domínio público e endossado pelas Sociedades Brasileiras de Cardiologia e Hipertensão (SBC e SBH) a monta de pacientes que alcançam níveis pressóricos ideais com a mera prescrição e uso de medicamentos. Menos de 30% dos pacientes apresentam aferições de pressão arterial (PA) dentro da faixa ideal 2,7, que pode variar de acordo com os fatores de risco associados, sendo o DM2 um predito para que a PA não exceda 130x80 mm/Hg.1,3,4,5

Com a polifarmácia típica do tratamento de pacientes com diagnóstico de HAS + DM2, a incidência de erros referentes à prescrição e/ou administração de medicamentos é previsível por diversos motivos: profissionais distintos prescrevendo simultaneamente itens interagentes, dificuldade do paciente em ler a prescrição médica e compreender e seguir a posologia prescrita6, e na comum adoção por parte do usuário de utilizar como referência a cor ou a geometria das formas farmacêuticas sólidas, maximizando o risco de prejuízo e fracasso terapêutico e/ou iatrogenias decorrentes da falta de orientação sobre o URM.

Em estudo realizado no âmbito do SUS ao município de São Bernardo do Campo - SP, o efeito da atenção farmacêutica sobre 80 usuários com diagnóstico de hipertensão e diabetes tipo 2 pode ser contabilizado.

Com o uso da média das PAs aferidas de cada paciente no período anterior à orientação sobre o URM, 31% apresentaram média de PA dentro da faixa preconizada, aproximando-se da estatística sugerida pelas SBH e SBC para grupos não assistidos além da prescrição médica. Quando analisado o período posterior à intervenção farmacêutica, a proporção de pacientes que se enquadraram dentro do limite de 130x 80 mm/Hg foi de 58%. OR = 2,976 (1,561 - 5,673); RR =1,618 (1,218 - 2,133); NNT = 3,810 com p= 0,001 e IC95%.

Dentre as aferições de PA dos pacientes no período anterior à orientação farmacêutica, a frequência de valores não superiores a 130 x 80 mm/Hg foi de 39% contra 66% no período após a orientação sobre URM. OR = 0,493 (0,316 - 0,719); RR = 0,715  (0,574 - 0,885); NNT = 5, 727 com p= 0,002 e IC95%.

41 pacientes apresentaram episódio de crise hipertensiva no período anterior à atenção prestada pelo farmacêutico, contra 26 no período posterior ao início da abordagem sobre o URM . OR = 0,475 (0,243 - 0,927); RR = 0,606 (0,382 - 0,951); NNT = 6,154 com p= 0,043 e IC95%.




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