PSICOMOTRICIDADE AQUÁTICA
Nadar não é uma das características humanas. O homem precisa aprender, ou melhor, despertar em sua memória primitiva essa forma de se locomover na água, desenvolvendo um substrato neurológico para sobreviver no meio líquido.
Qualquer que seja a proposta de trabalho aquático, é de fundamental importância que se respeite o nível de desenvolvimento neuropsicomotor do indivíduo.
A psicomotricidade utilizada como um dos recursos na aprendizagem desse esporte está sendo um grande diferencial na metodologia esportiva atual. Academias, Escolas, Clubes e demais entidades tentam fortalecer suas equipes profissionais na qualificação junto a essa ciência.
Não só no sentido educativo, mas principalmente no reeducativo e terapêutico, a Psicomotricidade promove possibilidades vivenciais que beneficiam também as pessoas portadoras de dificuldades especiais. Muitas procuram a piscina para um trabalho terapêutico e nesse caso também o método psicomotor possibilita melhor adaptação, maior resultado e intenso prazer.
Tanto na natação regular como na natação adaptada, a Psicomotricidade oferece estratégias de aprendizagem específicas, precisando para isso da parceria do profissional de educação física qualificado e capacitado para tal.
A Psicomotricidade Aquática é uma modalidade ainda muito mal explorada e orientada aos que desejam manter um trabalho especial e totalmente fundamentado em relação ao desenvolvimento humano. Muito se fala a respeito e muito se vê nas piscinas, atividades totalmente recreativas, nomeadas de atividades psicomotoras.
No entanto, apesar do brincar ser um despertar psicomotor, a aprendizagem conforme a psicomotricidade não é só prazerosa é fundamentalmente fruto de um saber científico, de pesquisas e práticas testadas e documentadas por muito poucos brasileiros. Essa ciência teve sua origem na França e chegou ao Brasil em várias vertentes. Lamentável é o fato de que até hoje não a temos oficialmente reconhecida em nosso país. Mas aos poucos novas bandeiras são defendidas por algumas universidades, na tentativa de qualificar os profissionais para incorporá-la, definitivamente, nos currículos acadêmicos dos profissionais de educação física, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e demais áreas afins.
O milagre da água é tornar as “diferenças individuais” menos nítidas, frequentemente imperceptíveis, pois todos nós somos iguais na água.
v CACILDA GONÇALVES VELASCO, educadora, pedagoga e psicomotricista especializada e titulada pela Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - Colégio Nacional - Rio de Janeiro, sob número 52/94 e terapeuta reconhecida pela Sociedade Brasileira de Medicina Alternativa – Associação Nacional dos Terapeutas, sob número 1199/SP. Atuação como psicomotricista aquática desde 1984, na Flechinha Natação e na Associação VEMSER.
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