Entrevista na íntegra-William Malagutti
Tema: Saúde Pública/ Tabagismo
Pós UGF: Prof. William você é co-autor do livro Educação em Saúde publicado pela Phorte Editora. No seu livro podemos notar um capítulo que descreve sobre intervenções educativas para pacientes fumantes. O tabagismo é um problema de saúde pública e a 2º maior causa de mortes em todo o mundo. Como os profissionais da saúde podem orientar e quais seriam as propostas para conscientizar a população?
Prof. William Malagutti: O tabagismo é uma pandemia. Uma doença que acomete todos os continentes. Um problema de Saúde Pública, um problema dos Ministérios de Saúde dos países. O Brasil preocupado com a alta incidência de pessoas tabagistas e a consequência do uso do tabaco acabaram enlecando tabagismo como DANTES
(Doenças e Agravos Não Transmissíveis) que está dentro de um grande grupo de doenças como a hipertensão, diabetes, obesidade, as violências e o tabagismo.
Então é uma preocupação dos governos, eles estão com ações e estratégias para poder minimizar o uso do tabaco.
"Esses professores nós elencamos na hora da disciplina e da disponibilidade. Apresentam vivência na prática e passam informações assertivas, corretas e pontuais para que a lapidação, a formação e agregação do conhecimento desses alunos sejam eficazes e assertiva".
Pós UGF: O cigarro causa uma dependência física e psicológica. Existem lugares para pessoas dependentes possam buscar atendimento? Como são divulgados?
Prof. William Malagutti: Na verdade na Secretaria Municipal de Saúde existem serviços especializados que são chamados de CAPES (Centro de Apoio Psico Social Álcool Drogas e Tabaco). Eles não são muito divulgados, a sensibilização é boca-boca através das pessoas que recorrem esses serviços. Há unidades básicas de saúde em algumas regiões de São Paulo que também oferecem esse serviço.
Por isso que é importante o CAPES, a divulgação e a procura. As pessoas podem acessar a secretaria municipal de saúde de São Paulo através da COVISA
(Coordenação de Vigilância em Saúde) e elas têm acesso a todas as informações desses CAPES, onde estão situados na área geográfica da capital.
Pós UGF: Contamos com aproximadamente 1 milhão e meio de profissionais na área da saúde, qual seria o principal fator que impulsionou o crescimento desses profissionais?
Prof. William Malagutti: Com a entrada do SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil que eles reorganizaram com as políticas de saúde dos sistemas de saúde que deu mais oportunidades para que as pessoas/profissionais procurassem esses serviços. Além de serviços públicos e privados surgiram os PSF que foi lançado em 2011 e agora à terminologia mudou para Estratégias de Saúde para a Família (ESF) que são programas onde há um atendimento numa área geográfica por equipes multidisciplinares formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, dentistas e técnicos de higiene dental apenas na cidade de São Paulo. Além disso, existe também um suporte de uma equipe que se chama NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) aonde uma equipe multidisciplinar com assistentes sociais, educadores físicos, farmacêuticos também essa equipe para dar uma sustentabilidade na dinâmica, no tratamento e nas condutas que vão ser dadas por essa equipe do ESF.
"O tabagismo é uma pandemia. Uma doença que acomete todos os continentes. Um problema de Saúde Pública, um problema dos Ministérios de Saúde dos países".
Pós UGF: A área da saúde em especial a enfermagem sofreu grandes transformações ao longo dos anos, como coordenador como avalia a transmissão dessas mudanças em sala de aula?
Prof. William Malagutti: Na verdade os professores já têm uma qualificação adequada aqui na UGF no curso de Saúde Pública e ESF. Nós temos professores mestres, doutores e pós-doutorados. Esses professores nós elencamos na hora da disciplina e da disponibilidade. Apresentam vivência na prática e passam informações assertivas, corretas e pontuais para que a lapidação, a formação e agregação do conhecimento desses alunos sejam eficazes e assertiva.