Niemeyer: o filósofo do cimento
Por: Profº. M.e. Emerson Ferreira da Rocha
Coordenador e professor dos cursos de pós-graduação em Filosofia, Sociologia e História da Cultura da UGF.
E-mail: tccposhumanas@gmail.com
No dia 05.12.2012, o Brasil e o mundo receberam com tristeza a notícia da morte do grande arquiteto Oscar Niemeyer.
O falecimento de Niemeyer representa uma perda para todas as áreas do conhecimento, já que, o arquiteto era um homem das ideias. Assim, conseguiu transitar com a sua arquitetura por várias áreas do saber, isto é, transformou as suas obras em poesia, filosofia, matemática e, por fim, em espaços de convivência e relacionamento para os seres humanos.
A presença da filosofia na vida do gênio da arquitetura era uma constante. De acordo com a edição do jornal Folha de S. Paulo de 14.12.2009, ele recebia em sua casa, uma vez por semana, um professor particular de filosofia. E ainda, certa vez afirmou que todas as escolas de nível superior deveriam ter aulas filosofia e história, pois, assim teríamos "profissionais capacitados a pensar sobre a vida".
A longevidade da vida de Oscar Niemeyer é um convite a todos os seres humanos para que reflitam - assim como ele desejou - a respeito da própria existência. No caso dele, as suas obras são os reflexos deste amor pela vida e pela reflexão filosófica, isto é, em cada um dos seus projetos há o desejo de transmitir alguma ideia a respeito do mundo e da existência. Consequentemente fez dos espaços públicos, um ponto de reflexão e difusão de princípios.
Logo, a vida do chamado "mestre das curvas" pode ser conformada à frase de outro gênio da humanidade, Sócrates: "Uma vida sem reflexão não merece ser vivida".
Por isso, o Brasil se orgulha e homenageia esse grande homem que, antes de tudo, viveu para o pensamento.