Reforma Ortográfica: Alterações do Português
O nosso idioma, assim como outras línguas sofreu modificações, e estudos apontam que as nossas reformas ortográficas surgiram a partir do século XVI.
A ortografia pode ser definida como uma convenção social, muitos estudiosos definem, de tempos em tempos, a melhor maneira de escrever as palavras, para abarcar diversos objetivos como: unificar a maneira de escrever de diferentes povos ou para tornar a escrita mais lógica e precisa.
Por volta de 1500, nossa língua não contava com qualquer tipo de padronização, no geral era adotado um sistema "próprio" de regras, que condicionava que a escrita seguisse o som fixado pela própria palavra, um mesmo termo podia ser escrito com ou sem "gu", "qu" e isso tornava a compreensão e a leitura de documentos complicada e penosa.
Com o intuito de rebuscar nossa escrita, foi incorporado a língua a adoção de grafemas com ph, th, rh e y, como podemos notar em registros mais antigos palavras como: pharmácia, theatro entre outras. Além de contarmos com a intervenção e mistura das línguas indígenas e africanas.
Novas leis determinavam uma padronização do português e com isso foi realizada a criação das Aulas Régias (As aulas régias compreendiam o estudo das humanidades, sendo pertencentes ao Estado e não mais restritas à Igreja - foi à primeira forma do sistema de ensino público no Brasil) realizadas sob a tutela da administração de Marquês de Pombal.
Muitos estudos apontam que em 1911 foi dada a 1º reforma em nossa língua, realizada por Gonçalves Viana (filólogo, linguista e lexicógrafo português. Considerado um dos maiores foneticistas portugueses. Fez a primeira descrição de conjunto do sistema fonético do português em 1883), que defendia a simplificação da língua e afastamento do latim. A princípio nosso país adotou as mudanças, porém voltou atrás na decisão ao retornar com o uso do "ph" e "ch".
Com a invenção da imprensa ficou mais fácil unificar a grafia e estabelecer aspectos ortográficos bem definidos.
A partir de 1930, um projeto de simplificação foi elaborado, no entanto o governo do então presidente Getúlio Vargas anulou o padrão. Por pressão dos professores, após quatro anos algumas mudanças foram incluídas.
Uma nova convenção foi organizada em 1943, todavia apenas os brasileiros optaram por utilizar as mudanças, como a substituição do z pelo s na escrita de palavras como casa, entre outras.
Até acontecer o acordo que reuniu todas as nações lusófonas, um encontro anterior ocorreu em 1986, sediada no Rio de Janeiro, onde as mudanças que fazem parte do acordo ortográfico atual foram indicadas.
A mais nova reforma ortográfica entrou em vigor em 1º de janeiro de 2009, pondo em prática as regras estabelecidas pelo decreto de nº 6.583, publicado em 29 de setembro de 2008, que promulgou no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
A Reforma Ortográfica apresenta um período de transição até dezembro de 2012, no qual ainda foram aceitas as duas formas de escrita: a nova e antiga. Seu surgimento veio de acordo com o decreto assinado pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva iniciado em 1º de janeiro de 2009.
A simplificação de algumas regras ortográficas refere-se a um dos pontos que tornaria essa mudança positiva, em contrapartida todos que já estão adaptadas a antiga ortografia terão que se adaptar as novas regras.
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