PARTE II: Internacionalização dos mercados. Por Professor Bruno Amaro
As principais dificuldades para que as empresas brasileiras se tornem globais são: resistência mercadológica de produtos taxados como brasileiros; falta de preparo técnico dos executivos responsáveis pela gestão das organizações; falta de coragem para comprometer recursos.
Nos últimos 50 anos, muito foi dito sobre empresas que operam em outros países, com ganhos acentuados e sempre em busca de novos mercados. Pequenas e médias empresas são interdependentes de recursos e necessitam uma das outras para desenvolverem-se. Esse processo de interação é lento e necessita de confiança entre as partes.
A partir da última década, percebemos algumas empresas brasileiras investindo pesado em operações no exterior, empresas como Vale, HRT, Sadia, Petrobrás, entre outras. A maior parte das empresas brasileiras que realizou investimento direto no exterior o fez a partir de 1990. Percebe-se que, diferente dessas grandes corporações, ainda existe resistência de empresas menores a se lançarem em operações no exterior, visto que falta coragem para elas investirem em um mercado novo, com cultura diferente e comprometimento de recursos financeiros e pessoais expressivos.
Quando se fala em recursos pessoais, entende-se que são executivos brasileiros preparados para vislumbrar oportunidades de negócios no exterior e com preparo técnico para gerir o desenvolvimento da organização. O Brasil está se tornando mais notável com o capital humano especializado, porém ainda não denota ser, visto que as Academias mais prestigiadas e de referência mundial estão nos EUA e na Europa. Geralmente, os executivos brasileiros que são preparados pelas renomadas Universidades no Exterior são absorvidos por empresas estrangeiras, muitas vezes porque as empresas brasileiras não demonstram caixa de competitividade para sustentar uma competição e desafio como empresas estrangeiras consolidadas e com histórico de sucesso. Por exemplo, quando exemplificamos a área de exportação, falta de tempo gerencial para cuidar das exportações por parte das organizações, a mão de obra no mercado, em sua maioria não é treinada para lidar com exportações, falta de excedente de produção para exportar entre outros fatores que dificultam as empresas brasileiras se lançarem globalmente. Uma forte inclinação para tal é a existência de um mercado doméstico expressivo.