O que faz de um atleta, uma marca idolatrada? Por Prof. Bruno Bertozo

O que faz de um atleta, uma marca idolatrada?
Por Prof. Bruno Bertozo 

O esporte sempre foi um ótimo mercado para marcas de todos os setores da economia, mas recentemente alguns olhos que não enxergavam esse filão estão cada vez mais próximos e atentos a cada novidade do mercado e passos dos atletas.

Os altos valores investidos na imagem de atletas têm desfocado o real objetivo do esporte que para alguns é promover de maneira igualitária a promoção da saúde, bem-estar e deve ser visto como catalisador de cidadania. Para realizar uma rápida comparação, se especula que o considerado craque Neymar tenha rendimento financeiro aproximado a 1 milhão e meio de reais mensais que são religiosamente pagos por uma engenharia financeira que compreende o clube, marcas e empresários, na mesma equipe há o atleta Paulo Henrique Ganso que é visto como o sucessor de Zico, Falcão entre outros de quilate raro. As bocas pequenas dos vestiários afirmam que ele tem rendimento aproximado a 120 mil reais. O que será que distingue Neymar de Paulo Henrique Ganso? São apenas os fatores técnicos? A beleza de cada um? O que os vendem como produto?

Nos dias de hoje, essas questões são facilmente respondidas pelo viés do valor da imagem ou da marca de cada atleta. O mercado esportivo brasileiro recentemente ficou agitado pelo lançamento da empresa Nine capitaneada pelo atleta mundial Ronaldo Nazário de Lima. A grande jogada do agora empresário foi trazer toda a vivência e experiências comerciais que  teve quando atuou no exterior. Simples não é? Não muito, é fundamental enfatizarmos que o mercado de gestão de carreiras no meio esportivo está em franco crescimento, que inclusive poderia ser maior se não houvessem empresários e gestores esportivos corruptos que invariavelmente estão expostos nos noticiários e que definitivamente não estão prontos para os novos moldes negociais que o esporte precisa.

Há quem diga que são nas dificuldades que aparecem as oportunidades, pois bem, mas será que os grandes clientes, os atletas, sabem ao certo o quanto uma boa assessoria de imprensa pode contribuir com a sua imagem, o quanto um planejamento e ações efetivas de marketing podem trazer de retorno financeiro ou o como e quanto as Relações Públicas podem contribuir para legitimar as suas ações e reputação perante os seus públicos estratégicos?

Dessa maneira, fica impossível imaginar o esporte dos dias de hoje sem qualquer aspecto gerencial e administrativo com o mínimo de profissionalismo. Agora é aguardar para ver quais serão as novidades do mercado.

Para debater sobre o tema, adicione o Professor Bruno Bertozo no twitter @brunobertozo ou envie uma mensagem: bruno@bbertozo.com

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