Entre a Mulher e a Executiva, do feminismo à feminilidade na Gestão
Por: Prof.ª Sonia M Savino de Souza
Especialista em Educação e PNL
O mercado de trabalho cada vez mais investe no Capital Humano, independente de gênero, cargo ou função. Há muito tempo às mulheres saíram a campo em busca de se fazerem presentes além do sobrenome dos pais ou dos maridos posteriormente.
Até o século passado muitos eram os impedimentos, vivíamos em uma sociedade altamente patriarcal, à sombra da figura masculina, com total marginalização até que a mulher brasileira iniciou uma verdadeira luta para se fazer ouvir, adquirir o direito a voto, inserir-se no mercado de trabalho, tornar-se produtivas além das funções domésticas, e com isso acabou se estabelecendo uma competição com os homens, pois havia a disputa de espaços antes só por eles ocupados. Hoje, as transformações ao longo desse tempo transformaram essa luta inicial em conquistas diárias, através de uma atuação competente, igualitária, consciente e transdisciplinar que vemos nas empresas, com números cada vez maiores de mulheres entre seus colaboradores.
Será que o avanço das mulheres no mercado de trabalho está acontecendo por que as empresas estão valorizando características específicas do gênero feminino no perfil de seus colaboradores ou por que a mulher elevou sua qualificação profissional em comparação aos homens?
Toda evolução seja pessoal ou profissional depende sempre de aquisição de competências, desenvolvimento de habilidades, atualização de conhecimentos, tanto para o homem quanto para as mulheres, e isso deve ser contínuo para acompanhar a velocidade das mudanças de nossa época e isso tem um grande peso. Para as empresas isso é primordial assim como as características e energia específicas de seus colaboradores.
Os padrões classificados como masculinos são mais voltados a posicionamentos mais autoritários, mais externalizados, mais diretos, competitivos, focados no poder e sua disputa, como sempre foram desde que caçavam para alimentar-se, enquanto as mulheres possuem padrões mais voltados à afiliação, a ponderação, ao diálogo, a ampliação de percepção, a capacidade de realizar várias coisas ao mesmo tempo, como explica a própria Biopsicologia. Na realidade, os dois padrões são complementares e não é raro vermos uma troca de papéis, pois afinal os contextos se alteram continuamente.
A integração dessa diversidade entre os chamados ?sexo forte e o frágil?, a partir desses conceitos vem despertando em nossa realidade uma nova consciência de complementação, agregando semelhanças e diferenças.
A partir das mudanças elencadas acima a mulher amplia sua área de atuação pessoal, antes tão limitada à vida familiar, a uma atuação profissional e independente, mudando conceitos de vida e ação, e essa integração entre a mulher e a executiva na realidade desperta uma nova consciência de realização pessoal que vem alterar diretamente seu projeto de vida, buscando obrigatoriamente uma integração dos contextos sócio-familiar e Profissional, sem perder o foco em sua produtividade em nenhum deles.
Parabéns, a todas as mulheres que entenderam essas mudanças e a cada dia acentuam a importância da figura feminina ao lado da figura masculina no mercado de trabalho e na família, além de contribuir com sua graça, charme e beleza tão peculiares.